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Agora sim tá Bacana
Pois assim é se lhe parece ::
28 junho 2004

O passado que há em nós 

Origem de algumas expressões e costumes

É impressionante nos dias de hoje quando visitamos o Palácio de Versailles, em Paris, e observamos que o suntuoso palácio não tem banheiros. Quem passou por
esta experiência ficou sabendo de coisas inacreditáveis.

LEQUE
Na Idade Média, não existiam pastas de dentes, muito menos escovas de dente ou perfumes, desodorantes muito menos, e papel higiênico, nem pensar...
As excrescências humanas eram despejadas pelas janelas do palácio... Quando paramos para pensar que todos já viram que nos filmes aparecem pessoas sendo abanadas, passam desapercebidos os motivos. Em um país de clima
temperado, a justificativa não era o calor, mas sim o péssimo odor que as pessoas exalavam, pois não tomavam banho, não escovavam os dentes e não usavam papel higiênico e muito menos faziam higiene íntima. Os nobres eram os únicos que podiam
ter súditos que os abanavam, para espalhar o mau cheiro que o corpo e suas bocas exalavam com o mau hálito, além de ser uma forma de espantar os insetos.

BUQUÊ DE FLORES
Na Idade Média, a maioria dos casamentos ocorria no mês de junho (para eles, o início do verão). A razão é simples: o primeiro banho do ano era tomado em maio; assim, em junho, o cheiro das pessoas ainda estava tolerável.
Entretanto, como alguns odores já começavam a ser exalados, as noivas carregavam buquês de flores junto ao corpo, para disfarçar. Daí termos maio como o "mês das
noivas" e a origem do buquê de noiva explicada.

NÃO JOGUE O BEBÊ FORA
Os banhos eram tomados numa única tina, enorme, cheia de água quente.
O chefe da família tinha o privilégio do primeiro banho na água limpa.
Depois, sem trocar a água, vinham os outros homens da casa, por ordem de idade, as mulheres, também por idade e, por fim, as crianças. Os bebês eram os últimos a
tomar banho. Quando chegava a vez deles, a água da tina já estava tão suja que era possível "perder" um bebê lá dentro. É por isso que existe a expressão em inglês "don't throw the baby out with the bath water", ou seja,
literalmente "não jogue o bebê fora junto com a água do banho", que hoje usamos para os mais apressadinhos...

CHOVENDO CANIVETES
Os telhados das casas não tinham forros e as madeiras que os sustentavam eram o melhor lugar para os animais - cães, gatos e outros, de pequeno porte, como ratos e besouros se aquecerem. Quando chovia, começavam as goteiras e os animais pulavam para o chão. Assim, a nossa expressão "está chovendo canivetes" tem o seu equivalente em inglês em "it's raining cats and dogs" = está
chovendo gatos e cachorros.
Para não sujar as camas, inventaram uma espécie de cobertura, que se transformou no dossel.

VELÓRIO
Aqueles que tinham dinheiro possuíam pratos de estanho. Certos tipos de alimento oxidavam o material, o que fazia com que muita gente morresse envenenada (lembremo-nos que os hábitos higiênicos da época não eram lá grande coisa...). Os tomates, sendo ácidos, foram considerados, durante muito tempo, como venenosos. Os copos de estanho eram usados para beber cerveja ou
uísque.
Essa combinação, às vezes, deixava o indivíduo "no chão" (numa espécie de narcolepsia induzida pela bebida alcoólica e pelo óxido de estanho).
Alguém que passasse pela rua poderia pensar que ele estava morto, portanto recolhia o corpo e preparava o enterro. O corpo era então colocado sobre a mesa da
cozinha por alguns dias e a família ficava em volta, em vigília, comendo, bebendo e esperando para ver se o morto acordava ou não. Daí surgiu o velório.

SALVO PELO GONGO
A Inglaterra é um país pequeno e nem sempre houve espaço para enterrar todos os mortos. Então, os caixões eram abertos, os ossos tirados e encaminhados ao ossário e o túmulo era utilizado para outro infeliz. Às vezes, ao abrir os caixões, percebiam que havia arranhões nas tampas, do lado de dentro, o que indicava que aquele morto, na verdade, tinha sido enterrado vivo. Assim,
surgiu a idéia de, ao fechar os caixões, amarrar uma tira no pulso do defunto, tira essa que passava por um buraco no caixão e ficava amarrada num sino.
Após o enterro, alguém ficava de plantão ao lado do túmulo durante uns dias. Se o indivíduo acordasse, o movimento de seu braço faria o sino tocar. E ele seria "saved by the bell", ou "salvo pelo gongo", expressão essa por nós usada até os dias atuais.

posted at 18:33 by bacana

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18 junho 2004

Dura Matemática 

A EXPLICAÇÃO DO SALÁRIO MÍNIMO

Vendo toda esta discussão em torno do valor do salário mínimo, lembrei de
uma velha história publicada no Pasquim, há uns 30 anos atrás, quando o
Mario Henrique Simonsen decretou o valor do novo salário mínimo em Cr$
76,80


Pausa para explicações (esta é só para os que têm menos de 40 e fugiram das
aulas de  história):

1 - O Pasquim era o único jornal que debochava de tudo e de todos, em plena
ditadura militar. Foi uma espécie de avô do Casseta e Planeta, só que numa
época em que fazer piada do governo, em vez de dar audiência, dava cadeia.
E eles faziam - e tomavam pau na cadeia.

2 - Mario Henrique Simonsen era o ministra da fazenda. Uma espécie de
Palocci, com muito mais poder (não vamos nem falar da inteligência, para
não humilhar o Palocci).

3 - Cr$ (cruzeiros) era a moeda da época. É a única coisa igual a hoje: não
valia nada, igual o Real.

Bom, continuando a história:

Quando o salário mínimo foi decretado em Cr$ 76,80, todo mundo se
perguntava porque este número cabalístico e não Cr$ 80,00, redondos. Ou, pelo menos, Cr$ 77,00.

O Pasquim então publicou uma capa, com uma charge do Simonsen, diante de um
quadro negro cheio de cálculos, dizendo: vou explicar para vocês como foi
definido o valor do salário mínimo (para os desinformados, Simonsen era um
brilhante professor de economia). E, dentro, o jornal apresentava os
cálculos:

Preço de um cafezinho:  Cr$ 0,12
Preço de um pãozinho francês:  Cr$ 0,04

Uma pessoa normal vive muito bem tomando um cafezinho e comendo um pãozinho
(sem manteiga), quatro vezes por dia.
Portanto: (0,12 + 0,04) x 4 = Cr$ 0,64

Uma família tem, em média, 4 pessoas.
Logo: 0,64 x 4 = Cr$ 2,56

O mês tem 30 dias (isto, até quem ganha salário mínimo sabe):
Assim: 2,56 x 30 = Cr$ 76,80.

Logo, o salário mínimo tinha que ser de Cr$ 76,80. Nem mais, nem menos.

Será que esta "explicação" serviria para justificar os R$ 260,00 do salário
mínimo decretado hoje? Vejamos:

Preço de um cafezinho:  R$ 0,70
Preço de um pãozinho francês:  R$ 0,20

(0,70 + 0,20) x 4 = R$ 3,60
R$ 3,60 x 4 = R$ 14,40
 R$ 14,40 x 30 = R$ 432,00.

É... a conta não fechou.

Vamos ter que pedir para o Lula ou o Palocci nos dar outra "aula" para
explicar os R$ 260,00.

posted at 18:03 by bacana

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